Todos nós que nos lembramos de mundo antes de século XXI sabemos que os smartphones trouxeram uma revolução. Não só ao mundo de tecnologia, mas ao nosso dia-a-dia, ritmo da vida, presença social. Embora eles têm evoluído bastante, a verdade é que não vimos ultimamente nada essencialmente novo. Baterias ficam mais poderosas, ecrãs maiores e com a resolução melhor, câmaras aumentam em megapíxeis. Mas quando olha para o seu telefone, ele não é muito diferente daquele que utilizou uma década atrás. Pela tendência geral dos maiores fabricantes, algo finalmente vai mudar. Estamos a falar de hologramas – um seguimento natural de já desenvolvido conceito de realidade virtual.
Mas quais são exactamente as vantagens dessas imagens 3D, e quando as podemos esperar nos nossos dispositivos? Ainda estamos a falar de começos tímidos, mas que definitivamente já marcam um novo rumo.
Tudo começou com realidade virtual
Realidade virtual já tem os seus fãs, e os grandes nomes do ramo tecnológico reconheceram isso. Assim surgiu um vasto leque de óculos VR. Desde os “simples” headsets de jogos, como Smart Talk, Oculus Rift ou Pimax 4K, até HTC Vive sem fio, parece que não há fabricante de área tecnológica que resistiu a esta moda. Google começou com os modestos óculos Cardboard, mas recentemente desenvolveu mais sofisticados Daydream View. Samsung lançou Gear VR, promovendo o produto através da campanha que ajuda superar medos através da RV. E Microsoft até conseguiu pôr os seus HoloLens no espaço, oferecendo-os aos astronautas da Estação Espacial Internacional.
Alguns destes produtos são feitos especialmente para consolas de jogos, como PlayStation VR da Sony. Outros fabricantes decidiram proporcionar a experiência imersiva através de outro tipo de produtos: Huawei por exemplo apostou na Honor VR Camera que que captura imagens 360º. Mas ultimamente, a criação de efeitos 3D segue um novo trajecto.
Holograma – o futuro dos smartphones, e não só
As previsões para novidades nos smartphones são diferentes. Desde os modelos modulares e traduções em tempo real, até ecrãs flexíveis e baterias de células de combustível de hidrogénio, expectativas são grandes. Hoje voltamos a nossa atenção para imagens 3D. Até agora houve várias tentativas de trazer hologramas para smartphone, mas nenhuma representa uma solução ideal: utilizar uma pirâmide de vidro no ecrã é tudo menos prático, andar para todo o lado com uma unidade de “Virtual Presence” menos ainda. Por enquanto, os esforços deram o melhor resultado são os do Human Media Lab que produziram HoloFlex. Embora a resolução deixe muito a desejar, esse é o primeiro exemplo de tecnologia que traz hologramas ao smartphone, sem ter que recorrer óculos, caixas ou prismas.
Várias outras tecnologias devem ser desenvolvidas em paralelo para um projecto como este crescer ao seu potencial, como por exemplo rede 5G, que é essencial para a transmissão rápida de grandes quantidades de dados. Talvez estejamos ainda longe de um produto comercializado em grande escala, mas pelo menos podemos imaginar como serão as chamadas, fotografias e jogos do futuro.
Qual será a utilização mais prática de hologramas?
Tudo isso é muito divertido, mas admitimos que jogar num ambiente 3D, ou falar com os amigos como a princesa Leia falou com Obi-Wan Kenobi, não contribui muito para o lado prático da vida. Uma aplicação muito mais útil será por exemplo nos navegadores holográficos, que usam combinação de hologramas e realidade aumentada para apresentarem, enquanto conduzimos, informação importante ao lado do volante ou a frente de pára-brisas. Nesse sentido já existem soluções interessantes como HUD que realmente leva a experiência de condução a outro nível.
Uma empresa japonesa Vinclu Inc. foi um passo mais longe, e trouxe um novo significado a sintagma “assistente pessoal”. O produto deles, Gatebox, traz holograma duma das personagens anime, Azuma Hikari. Ela faz companhia, interage, e através de sensores de detecção humana e câmaras é capaz de reconhecer os rostos e movimentos do seu dono. Graças a ligação à Internet, Bluetooth, e infravermelhos, pode se conectar aos seus electrodomésticos e operá-los, e enviar mensagens via smartphone. Pode parecer um pouco bizarro para o nosso conceito de palavra “companhia”, mas os Japoneses parecem gostar. Veja com os seus próprios olhos:
Fonte: info vinclu
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